segunda-feira, 11 de abril de 2011

Diabetes, Necroses e Neuropatia

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Milhões de pessoas no mundo são portadoras de diabetes mellitus . O silêncio dos sintomas da diabetes é um dos principais fatores que agravam a doença. Parecer saudável e sem manifestar qualquer dor ou incômodo aparante faz com que muitos pacientes relaxem nos cuidados da doença. "Só um pedacinho hoje" essas são as palavras de muitos diábéticos. O resultados da falta de cuidado leva à neuropatia diabética, caracterizada pela degeneração progressiva dos axônios das fibras nervosas.
O axônio é a célula do sistema nervoso responsável por transmitir todas as informações do cérebro ao corpo. 
A neuropatia diabética  é descrita como uma diminuição das respostas sensitivas e motoras dos nervos periféricos, a pessoa perde a sensibilidade nos membros e qualquer injúria não é levada ao cérebro com velocidade. Há uma resposta retardada quando a pessoa machuca, a informação com baixa "velocidade" faz com que a ação de proteção (retira a mão, mancar, retirar o sapato.....)  para evitar a dor e o machucado não ocorra. A lesão é progressiva e os pacientes com pior índice glicêmico (alta taxa de glicemia)  apresentam as respostas mais agressivas se comparados aos pacientes com controle glicêmico satisfatório. O uso de insulina ajuda a retardar a neuropatia diabética. 
 O apareciemtno de pequenas lesões resultam em úlceras e estas progridem para uma grangrena (morte do tecido ou do órgão) acarretando a perda do membro.

Os pés são os principais membros afetados devido ao atrito com calçados ou às pequenas lesões decorrentes da higienização dos pés (cortar unha, remoção de cutículas....). Ao aparecer uma lesão no membro esta se torna uma porta para entrada de microrganismos e consequentemente a resposta é uma infecção que progride para inflamação. A isquemia, dificuldade de circular o sangue nas veias e nos tecidos, resulta na baixa oxigenação da área afetada o que resulta na morte do tecido. O ideal é a remoção das células mortas, muitas vezes do membro inteiro. 
De acordo com o trabalho de Cícero Fidelis Lopes existem as seguintes maneiras de reconhecer um pé diabético:

COMO RECONHECER UM PÉ DIABÉTICO? 

1. Primeiramente procurar um profissional de saúde para a avaliação diagnóstica e de exames auxiliares.
2. Avaliação é de acordo com o nervo atingido:

a) sensoriais: dores tipo queimação, pontadas, agulhadas, sensação de frieza, parestesias, hipoestesias e anestesias. Relembrando, há uma perda progressiva da sensação de proteção tornando o paciente vulnerável ao trauma. 
b) motores: atrofia da musculatura intrínseca do pé, deformidades ósteo-articulares com suas mais freqüentes apresentações como: Dedos em martelo, dedos em garra, hálux valgus, proeminências de cabeças de
metatarsos. Presença de calosidades em áreas de pressões anômalas e ulcerações (Mal perfurante plantar).
c) autonômicos: diminuição da sudorese com ressecamento da pele e fissuras.Vasodilatação e coloração rosa da pele (“pé de lagosta”) oriunda da perda da auto -regulação das comunicações artériovenosa. Vale lembrar que também está relacionado com a neuropatia a condição denominada como “pé de Charcot” (neuro-ósteoartropatia).

Os sintomas e sinais oriundos da angiopatia (vasos sanguineos)  são:

a) dor / claudicação intermitente;
b) dor de repouso; 
c) palidez; 
d) cianose
e) hipotermia
f) atrofia de pele/tela subcutânea/músculo
g) alterações de fâneros (pelos e unhas)
h) diminuição ou ausência de pulsos à palpação
i) flictenas / bolhas
j) úlcera isquêmica
k) necrose seca (isquêmica)
l) gangrena seca (isquêmica)
Os sintomas e sinais oriundos da panneuropatia são: 
a) ressecamento de pele;
b) fissuras de pele;
c) hiperemia / eritema;
d) hipertermia;
e) ectasia venosa;
f) alteração de sensibilidade;
g) deformidades ósteo-articulares (ex.: joanete, dedos em garra ou em martelo, “pé de charcot”, etc );
h) calosidades;
i) úlcera neuropática.

Os sintomas e sinais oriundos da infecção são:

a) edema;
b) secreção/pus (na ferida);
c) necrose infecciosa;
d) gangrena úmida (infecciosa).


Tratamento

1. O controle adequado da glicemia e do peso corporal são recomendações para prevenir;
2. A dor neuropática não tem um tratamento definido;
3. As deformidades são tratadas em vários centros, muitas vezes com cirurgias;
4. As calosidades são tratadas com as substâncias tópicas inidicadas por um profissional de saúde;
5. As úlceras de origem neuropáticas podem ser  tratadas de forma conservadora com diversos tipos de calçados terapêuticos e de órteses;

A melhor forma de prevenir é com o controle da alimentação, mantendo baixa a glicemia, atividades físicas regulares e controle constante com o profissional de saúde.

Fonte 

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