Oi pessoal,
Sumi novamente né?! Mas sabe, resolvi pedir demissão do meu emprego de cozinheira. Não era bem o que eu pensava e estou atolada de projetos pessoais. Então, a partir de 28 de maio terei mais tempo para o Bebel Culinária Diet Ligth. Hoje vou postar uma matéria que recebi por e mail e adorei, vele a pena compartilhar. Beijocas e aproveitem a leitura.
danistrudel.blogspot.com |
Há quem diga que "para uma feijoada ser completa, só falta a ambulância" (citação Stanislau Ponte Preta), pois é um prato realmente pesado. Mais ainda quando acompanhado de cervejas e caipirinhas. A cerveja até nos da sensação de leveza e aparentemente mata a sede mas não deixa de estufar... A caipirinha com a acidez do limão e alto teor alcoólico já combina melhor (menos quando muito doce e o açúcar começa a fermentar). Mas que tal mudar um pouco e apreciar feijoada com um bom vinho?
As características da feijoada, um prato consistente e gorduroso, rústico, com ingredientes aromáticos e sabores marcantes sao detereminantes quando escolhemos o vinho. Para chegar à harmonização perfeita entre o vinho e o prato sugiro buscar semelhanças em termos de cor, peso, aromaticidade e complexidade. Portanto para a feijoada falamos de vinhos encorpados, amadurecidos em carvalho, bastante aromáticos e com forte presença de taninos.
Mas a feijoada também é um excelente exemplo de harmonização por oposição - a acidez dos vinhos pode cortar e assim equilibrar a gordurosdidade do prato. Portanto acrescentamos ao leque de opções vinhos com mais frescor (acidez) e vinhos espumantes (o gás carbónico tem o efeito de "limpar" o paladar após ingestão de pratos com certa gordurosidade).
Veja na prática alguns exemplos que provamos na recente confraria do Personal Sommelier:
1. Espumante Salton brut, Brasil
O frutado do espumante soberssai e interefere no prato. As borbulhas não conseguem limpar a boca ou refrescar
Casamento fadado ao divôrcio!
2.
Lambrusco, Italiano
Fruta em excesso deixa leves lembranças doces na boca. Perlage fraco para a densidade do
caldo: a gordurosidade permanece . Corpo do vinho abaixo do peso do prato, o prato passa por cima do vinho.
Casamento que não promete!
3. Jairala Oller Merlot, Córdoba
Bom corpo e bom álcool (14%), acompanha bem o peso do prato. Leve toque adocicado na boca em conjunto com alguns elementos da feijoada (provavelmente provém da longa permanência do vinho no barril). Acidez típica da Merlot se contrapõe à gordura do prato.
Recomendável!
4. Don Próspero Tannat reserva, Uruguai
Combinação excelente, ótimo corpo do vinho. Vinho um pouco rebelde (como a feijoada
também), taninos robusto equilibram a estrutura do prato e limpam o paladar. Faltou um pouco de acidez no vinho para equilibrar a gordurosidade.
Boa afinidade!
Taninos jovens e acidez (ambos mais elevados do que no Tannat Don Próspero) equilibram bem a densidade e a gordurosidade. A complexidade do vinho harmoniza com a estrutura do prato . Vinho com certa rústicidade típica de sua origem combina com o estilo da feijoada.
Casamento perfeito!
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